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Katiane Vieira

O que há de tão bom no autoconhecimento?

5 razões pelas quais a compreensão de nós mesmos é essencial para o crescimento psicológico.
Importância do autoconhecimento

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Cada vez mais as pessoas têm buscado o autoconhecimento. A máxima “Conheça a si mesmo” é tão onipresente que se tornou um clichê de desenvolvimento pessoal. Mas conhecer a nós mesmos – compreender verdadeiramente quem somos – não é nada fácil. Os antigos gregos sabiam disso muito bem e esculpiram o lema acima do portal do Templo de Apolo.

Mas Sócrates (470–399 a.C) foi ainda mais longe, declarando que a vida não examinada não vale a pena ser vivida. Embora ele tenha colocado de forma bastante dura, é verdade que se permanecermos no escuro sobre nossas preferências naturais, nossos principais pontos fortes e fracos, nossos valores e nossas esperanças para o futuro, vamos achar muito difícil viver uma vida coerente e gratificante.

Acima de tudo, perderemos o controle: se não compreendermos nossas motivações e medos básicos, seremos sacudidos por nossas emoções como pequenos navios à deriva desamparadamente em um mar agitado. Governados por forças que permanecem incompreensíveis para nós.

Qual a melhor forma de adquirir essa forma de conhecimento tão preciosa?

Em primeiro lugar, podemos analisar racionalmente nossos processos cognitivos. As técnicas baseadas na atenção são particularmente úteis para aprimorar a nossa inteligência emocional e para observar desinteressadamente as nossas reações emocionais.

O psicólogo Daniel Goleman entende a inteligência emocional como uma forma de consciência metacognitiva que se manifesta no “reconhecimento de um sentimento quando ele acontece”. A “incapacidade de perceber nossos verdadeiros sentimentos nos deixa à sua mercê”, escreve ele.

A Inteligência Emocional é a capacidade que nos permite controlar nossas emoções e expressá-las de forma assertiva. Considere realizar o Teste de Inteligência Emocional que disponibilizo gratuitamente no site. O teste de Inteligência Emocional irá lhe ajudar a perceber qual é o seu nível de inteligência emocional, e os aspetos que necessita melhorar. 

Há uma diferença vital entre simplesmente ser pego por um sentimento e desenvolver a consciência de que estamos sendo submersos por esse sentimento. O autoconhecimento é, portanto, crucial para conhecer tanto nosso eu cognitivo quanto emocional.

Também podemos viajar ao passado para realizar algum trabalho de detetive existencial, a fim de compreender como nossas experiências podem moldar nossas reações no presente. O pai da psicanálise, Sigmund Freud, argumenta que nossa mente é como um iceberg – apenas uma pequena parte dela está acima da linha d’água, enquanto o resto vagueia nas profundezas obscuras de nosso inconsciente.

Somente quando puxamos nossos medos e desejos mais sombrios para a luz da mente consciente, onde podemos examiná-los com calma e analiticamente, é que eles começarão a perder a sua monstruosidade e muito de sua influência. O que não sabemos conscientemente – o reprimido – é o verdadeiro “outro” para o autoconhecimento genuíno.

Para obter uma compreensão básica de nossas preferências naturais e principais pontos fortes e fracos, também podemos estudar teorias de tipo de personalidade e preencher testes psicométricos. A ideia de que podemos ser classificados de acordo com nosso tipo temperamental também pode ser rastreada até a Grécia antiga e, mais precisamente, até o médico Hipócrates (cerca de 460–370 a.C).

Ainda podemos sentir as repercussões da tipologia de Hipócrates hoje, em testes psicométricos de personalidade inspirados em Jung, como o MBTI e Insights Discovery Profiles, por exemplo. Esses podem ser pontos de partida em nossa busca por autoconhecimento, ajudando-nos a compreender nossas inclinações e poderes naturais, e apontando para áreas que podemos desejar desenvolver mais.

Finalmente, podemos, é claro, contar com a ajuda de outras pessoas, como terapeutas,psicólogos e coaches, em nossa busca para dar um sentido melhor ao nosso passado e presente. Trabalhando com transferência ou nos fazendo perguntas desafiadoras que nos encorajam a ver nossos problemas sob uma nova perspectiva, eles podem transformar nossas narrativas negativas sobre nós mesmos em outras mais gentis e produtivas.

A questão crucial, no entanto, permanece: por que devemos aspirar ao autoconhecimento em primeiro lugar? Existem cinco razões principais:

  • O autoconhecimento está diretamente relacionado a uma de nossas necessidades básicas, o desejo de aprender e de dar sentido às nossas experiências. Isso inclui adquirir o máximo de conhecimento que pudermos sobre nossos próprios padrões, preferências e processos. Como em outros domínios, quanto mais profundamente entendemos algo, melhor podemos dominá-lo. E quem não quer ser dono da própria casa?

 

  • O oposto de autoconhecimento é a ignorância – sobre quem realmente somos, nossos verdadeiros motivos, nossos padrões mais profundos e como nos encontramos. O autoconhecimento evita uma discórdia entre nossa autopercepção e como os outros nos percebem. Avaliações delirantes de nossas habilidades e qualidades, na forma de “ignorância não reconhecida”, podem ser a causa de grande constrangimento quando são desmascaradas. Se nossa percepção de nós mesmos repousa sobre bases doentias, investiremos muito de nossa energia na defesa de nossa autoimagem contra a ameaça da dissonância cognitiva. Como temos muito a esconder e muito a perder, acharemos difícil nos relacionarmos com os outros de maneira autêntica e aberta.

 

  • Freud argumentaria que o autoconhecimento nos emancipa de sermos escravos de nosso inconsciente e de seus muitos caprichos aparentemente irracionais. Somente quando conhecemos nossos padrões e de onde eles vêm, podemos gerenciá-los com eficácia. Compreender nossas histórias nos impede de repetir cegamente padrões improdutivos do passado. Também pode resultar em uma visão mais gentil e compassiva do que podemos considerar como nossas falhas.

 

  • Crucialmente, o autoconhecimento nos permite ser mais proativos em resposta a eventos externos. Se realmente conhecermos nossos padrões, nossos gatilhos e nossos prazeres, e se tivermos inteligência emocional para reconhecer nossos sentimentos à medida que acontecem, temos muito menos probabilidade de sermos dominados por eles.

 

  • Finalmente, o autoconhecimento também é o primeiro passo necessário para iniciar uma mudança positiva. Somente fazendo um balanço do que é – da forma mais objetiva possível – podemos planejar o que queremos mudar e trabalhar para isso.

 

O autoconhecimento, então, simplesmente aumenta nossas chances de fazer escolhas mais sábias. Nos torna melhores pilotos de nossas vidas, proporcionando maestria e realismo, bem como congruência e alinhamento.

Também nos torna mais humildes. Pois, como Sócrates bem sabia, uma parte vital do autoconhecimento também é saber o que não sabemos e reconhecer abertamente a nossa ignorância.

 


 

Ps: Se você estiver buscando por dicas de como desenvolver o autoconhecimento, recentemente gravei um vídeo onde compartilho 5 exercícios para desenvolver o autoconhecimento. Uma ótima oportunidade para ampliar a sua autopercepção, melhorar seu desempenho no trabalho e também nas relações pessoais. Confira!

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Katiane Vieira

Escritora, palestrante e empreendedora social com foco em desenvolvimento sustentável. Seu objetivo é motivar as pessoas de todos os cantos do mundo a fazerem mais para que possam viver uma vida mais feliz, seja para obter mais benefícios de suas atividades diárias ou para viver uma vida cheia de emoções positivas e realizações únicas.

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