Inteligência Emocional (IE) é um assunto que trato com frequência aqui no blog, em palestras ou em rodas de conversa. O que poucos sabem, é a relação que existe entre a Inteligência Emocional, o stresse e a Síndrome de Burnout. E é sobre isso que falaremos neste artigo!
Evidências, como a produzida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), sugerem que o setor de trabalho está atualmente em uma situação alarmante, na qual os problemas de saúde mental estão aumentando, com 1 em cada 10 trabalhadores sofrendo estresse crônico, ansiedade, desgaste, ou depressão, entre outros.
Tais questões são a segunda principal causa de desemprego, ausência no trabalho, aposentadoria precoce e até hospitalização das pessoas afetadas. Isso tem implicações negativas adicionais em relação à saúde pública, socialização e repercussões econômicas, como isolamento social, frequência cardíaca acelerada, falta de ar, pressão alta, distúrbios do sono, problemas de memória, sentimentos de culpa intensa ou mudanças bruscas de humor.
Nesse sentido, o estresse no trabalho está aumentando continuamente e atingindo níveis cronicamente críticos, que afetam o desempenho cognitivo e aumentam a suscetibilidade a doenças e distúrbios emocionais, como a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional.
A Síndrome de Burnout (BS) afeta milhões de trabalhadores em todo o mundo, tendo um impacto significativo em sua qualidade de vida e nos serviços que prestam. É um fenômeno psicossocial, que pode ser tratado através de gerenciamento emocional e ajuda psicológica.
Dá para entender por que a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o transtorno, pela primeira vez, na Classificação Internacional de Doenças, que lista enfermidades e estatísticas de saúde que serão prevalentes nos próximos anos. A OMS descreve o Burnout como “uma síndrome resultante de um stress crônico no trabalho que não foi administrado com êxito”.
Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.
Mas o que isso tem a ver com Inteligência Emocional?
Nas últimas décadas, a sociedade científica começou a se concentrar no papel das emoções no local de trabalho e no desenvolvimento de uma nova abordagem, que examina, conceitualmente, a relação das habilidades e emoções do conhecimento. Essa abordagem é atribuída, em grande parte, à pesquisa realizada nos últimos anos sobre Inteligência Emocional. Isso porque a Inteligência Emocional é muito importante para o gerenciamento emocional. Pesquisas indicaram que existe uma relação positiva entre Inteligência Emocional e síndrome de Burnout, pois a Inteligência Emocional atua de maneira protetora contra a síndrome de Burnout e até a reduz.
Em particular, verificou-se que quanto maior a Inteligência Emocional, menor a síndrome de Burnout. Além disso, entre todos os fatores de Inteligência Emocional, a emotividade, parece influenciar mais a síndrome de Burnout, pois, quanto maior a taxa de “emocionalidade”, menor a taxa de Burnout.
É importante mencionar que a Inteligência Emocional pode ser aprimorada por meio de palestras e/ou seminários experimentais e consultivos, a fim de melhorar o funcionamento das pessoas no local de trabalho, a qualidade dos serviços que prestam, bem como seu funcionamento em todas as outras áreas da vida.
Por isso é tão importante que as empresas se concentrarem na construção de relacionamentos emocionais com seus funcionários. A Inteligência Emocional se traduz na possibilidade do ser humano de aprender a lidar com as próprias emoções e usufruí-las em benefício próprio. Aprender, também, a compreender os sentimentos e comportamentos do outro.
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A importância da inteligência emocional é para a vida. Sua essência se dá quando conseguimos conciliar o lado emocional e racional do cérebro, neutralizando as emoções negativas, as quais produzem comportamentos destrutivos e, então, potencializa as emoções positivas para gerar os resultados desejados, e é por isso que existe um interesse tão grande na maneira como contribui para o desenvolvimento do estresse ocupacional e, subsequentemente, da Síndrome de Burnout.
Respostas de 2
Mesmo com uma boa inteligência emocional, a pessoa pode desenvolver burnout?
Oi Thalissa! Pode sim. A síndrome de Burnout tende a ocorrer em pessoas que se dedicam muito à vida profissional e depois se sentem frustradas por acharem que seu trabalho não é devidamente reconhecido ou valorizado. Nesse caso, uma pessoa com bom índice de IE, pode desenvolver a síndrome de Burnout. Muito provavelmente em um grau menor, mas pode desenvolver sim. Isso porque, a inteligência emocional é influenciada por uma combinação de traços de personalidade. Níveis mais altos dela são associados com inúmeros benefícios, inclusive relacionados à carreira.