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Katiane Vieira

Os efeitos da falta de autoconhecimento

Negligenciar o autoconhecimento é um grande erro para qualquer pessoa, além de ser um sinal de baixo índice de inteligência emocional. Por outro lado, aqueles que estão constantemente prestando atenção às suas ações, comportamentos e como se mostram aos outros, dão-lhes uma grande chance de se tornarem bem-sucedidos em sua organização e na vida.
pos esfeitos da falta de autoconhcimento

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Não é exatamente uma revelação de que o autoconhecimento é um componente-chave do sucesso. Na verdade, enaltecemos sua importância há milhares de anos. O filósofo grego Aristóteles, que viveu entre 384 e 322 a.c, disse certa vez: “Conhecer a si mesmo é o começo de toda sabedoria”.

Hoje em dia muito se fala sobre autoconhecimento, que acontece de diversas formas, mas este processo não é importante apenas para nossa vida pessoal, o reflexo na vida profissional tem sido pauta de muitos estudos. 

Embora seja vantajoso para qualquer pessoa desenvolver seu nível de autoconhecimento, é especialmente importante que gerentes e executivos aprimorem o nível de conhecimento sobre si próprios. Frequentemente, a falta de autoconhecimento é o que impede os gerentes de se tornarem realmente eficazes e de se tornarem líderes genuínos, e não apenas gerentes. Além disso, problemas associados à falta de autoconhecimento em líderes,  afetam não apenas o indivíduo, mas também as organizações e a sociedade em geral.

Negligenciar o autoconhecimento é um grande erro para qualquer pessoa, além de ser um sinal de  baixo índice de inteligência emocional. Por outro lado, aqueles que estão constantemente prestando atenção às suas ações, comportamentos e como se mostram aos outros, dão-lhes uma grande chance de se tornarem bem-sucedidos em sua organização e na vida.

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Vale esclarecer que autoconhecimento e autoconsciência são padrões de comportamento diferentes, mas relacionados. Aqueles que possuem alto nível de autoconhecimento estão sempre analisando e adaptando seu comportamento para resultados positivos. Aqueles que são autoconscientes estão sempre analisando e adaptando seu comportamento para evitar resultados negativos. Um leva ao sucesso, satisfação e felicidade, enquanto o outro leva à ansiedade, exaustão e distração.

O autoconhecimento é uma habilidade a ser usada para o avanço da vida. Usado de forma honesta, pode beneficiar outras pessoas também. Bons líderes são capazes de liderar sua equipe para o sucesso de uma forma que beneficiará a todos. Para se tornar um líder influente capaz de motivar os outros, é preciso usar o autoconhecimento.

 

Lidando com pessoas

Lidar com pessoas é um dos conjuntos de habilidades mais valiosos que alguém pode aprender. O mundo é feito de pessoas e, sem lidar com as pessoas de forma eficaz, ninguém pode atingir objetivos ambiciosos. Lidar com pessoas também requer um conjunto de habilidades que não são ensinadas na escola, então o desenvolvimento dessas habilidades é voluntário e exige esforço extra que muitos não estão dispostos a dar.

Nesse conjunto de habilidades, analisar a si mesmo é uma das mais importantes, pois permite que alguém cresça rapidamente. Praticar o autoconhecimento deve ser algo que se torna parte do comportamento e estilo de vida das pessoas. Por um fato muito simples: o autoconhecimento também é usado para melhorar a comunicação e a percepção de alguém, seja com colegas de trabalho, familiares e até mesmo com pessoas fora do convívio. 

 

As armadilhas de negligenciar a autoconsciência 

No topo da lista de comportamentos decorrentes da falta de autoconhecimento, está uma exibição aberta e sem censura de emoções. Isso pode variar de raiva, tristeza, nervosismo e até felicidade. Pessoas que não têm consciência de como suas emoções podem ser aproveitadas e manuseadas, perdem influência sobre os outros e geralmente são vistas “como fracas”. Controlar as reações emocionais é tão importante quanto qualquer habilidade de comunicação.

Um grande exemplo de pessoas que não controlam suas emoções, e que facilmente é percebido pelas pessoas, são as crianças pequenas. Eles choram, fazem beicinho, gritam, chutam, choram, gritam e fazem uma cena e tanto sem se importar com o que “as pessoas irão concluir” a respeito de seu comportamento. 

Elas não têm ideia de que “estão sendo rotuladas”, nem isso realmente importa para elas. Afinal, são crianças e seu comportamento, embora nem sempre tolerado, é considerado normal. Quando um adulto reage assim durante uma situação ruim, eles geralmente exibem alguns dos mesmos comportamentos dessas crianças, mas em menor grau. Embora muitas situações extremas justifiquem tal exibição, alguns adultos exibem esse comportamento em situações muito triviais que reduzem sua imagem a uma criança. 

Alguns dos comportamentos mais embaraçosos podem ser observados quando adultos reclamam quando não recebem o tratamento a que acham que têm direito, como quando um garçom comete um pequeno erro em um restaurante ou quando seu quarto de hotel não segue os padrões reais. Tal explosão emocional feita por esses adultos durante essas situações, embora às vezes eficaz (principalmente para acalmá-los como uma criança tendo um ataque de raiva), diminui a forma como os outros percebem seu nível de inteligência. É principalmente a inteligência emocional que está em jogo aqui. 

Pessoas emocionais, dramáticas e reativas são difíceis de se comunicar e geralmente não estão cientes dessa deficiência. Isso cria uma barreira e impede o fluxo de informações e ideias entre as pessoas. Também gera desprezo e diminui o respeito. Aqueles que não têm consciência de si mesmos não sabem como eles são para as outras pessoas. Frequentemente, não têm ideia de como seu comportamento está afetando a percepção que outras pessoas têm delas.

Em um ambiente de trabalho, quando uma pessoa não está ciente de como seu comportamento, e está afetando os outros (sem perceber), ela acaba criando um ambiente improdutivo e ineficaz para todos. Frequentemente, os colegas não sabem como reagir às situações e como se comunicar com a pessoa em questão. 

Por outro lado, um exemplo de grande controle a partir do autoconhecimento, olhe para grandes líderes em tempos de crise como Abraham Lincoln, Nelson Mandela e Barack Obama. Procuravam passar a imagem de serem calmos, compostos e não e se deixaram afetar por desafios. Para eles, uma boa notícia é um sinal de progresso, e uma má notícia é um sinal de falta de progresso e não de condenação ou desculpa para desistir. Suas reações evitam que seus subordinados fiquem muito excitados ou frustrados, o que apenas atrapalha a ação e torna suas decisões ineficazes. 

Quando um líder mostra sinais de angústia por meio de sua demonstração de emoções, isso sinaliza para os outros que há uma situação terrível que está fora de controle e que tudo está condenado. 

 Líderes que demonstram confiança em face da adversidade mostram que estão no controle e podem manter a sua equipe fora de perigo.

Os melhores líderes sabem como evitar que suas emoções se manifestem ao enfrentar os outros. A melhor maneira de controlar como as suas emoções são exibidas é evitar o desenvolvimento de emoções negativas por meio de técnicas. Essas habilidades geralmente requerem muito aprendizado e prática e estão fora do escopo deste artigo. Ainda assim, ser capaz de suprimir as emoções de se manifestarem do lado de fora não é tão difícil de fazer e requer apenas um pouco de dedicação.

O primeiro passo para usar o autoconhecimento a seu favor é controlar suas reações emocionais. Este comportamento simples, uma vez adotado, o ajudará a controlar como os outros o percebem e impedirá o surgimento de consequências negativas. Nesse caso, é preciso muito esforço para mostrar um pouco.

 

Técnicas para aumentar seu autoconhecimento

O autoconhecimento pode ser melhorado com esforço. Aqueles que se esforçam mais verão seu nível de autoconhecimento aumentar rapidamente. Uma das melhores maneiras de melhorar é registrar situações e comportamentos em um diário. Os itens a serem registrados incluem:

  • Qual era a situação?
  • Que emoções foram experimentadas?
  • Quais emoções foram exibidas?
  • Qual resultado foi desejado?
  • Que resultado aconteceu?

Analisar esses cinco itens será uma boa maneira de acompanhar o progresso e fazer ajustes.

Outra maneira de melhorar o autoconhecimento é fazer com que um amigo ou colega próximo façam observações em seu nome e aponte questões que você parecia não ter percebido. Nem todo mundo será capaz de captar tudo, especialmente durante um evento emocional. Há momentos nos quais o estresse e a ansiedade deixam as pessoas cegas para suas próprias ações. Ter alguém por perto para observar o comportamento será uma ótima maneira de abrir a mente para o comportamento que precisa de análise e, eventualmente, pode ser observado por você mesmo.

Não importa quais técnicas você use, o autoconhecimento é a chave para o sucesso ao lidar com pessoas. Fazer um esforço diário para desenvolver seu nível de autoconhecimento aumentará o desempenho, a satisfação e uma vida melhor.

Quer uma ajuda extra? Considere ouvir o podcast “20 perguntas fundamentais para fortalecer o autoconhecimento”. Especialmente quem quer colher melhores resultados no âmbito profissional! 

Até o próximo artigo!

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Katiane Vieira

Escritora, palestrante e empreendedora social com foco em desenvolvimento sustentável. Seu objetivo é motivar as pessoas de todos os cantos do mundo a fazerem mais para que possam viver uma vida mais feliz, seja para obter mais benefícios de suas atividades diárias ou para viver uma vida cheia de emoções positivas e realizações únicas.

Respostas de 2

  1. olá, katiane. excelente abordagem do conteudo.O cérebro humano tem a habilidade surpreendente de se “reorganizar” estabelecendo novas conexões entre células cerebrais.
    Seu cérebro não necessariamente “modela”, como argila. Ele simplesmente encontra novas maneiras de “conectar os pontos”.
    Os neurologistas chamam de “neuroplasticidade” ou “plasticidade cerebral”.
    ja pensou se alguém pudesse reprogramar o seu cérebro para ter automaticamente riqueza ILIMITADA, felicidade, prazer, amor, liberdade e confiança…

    1. Olá Paulo! Excelente contribuição! Tecnicamente, a neuroplasticidade é a capacidade que o nosso cérebro tem de evoluir, aumentando as suas conexões neuronais.Está provado que, quanto mais desafios e estímulos damos ao cérebro, mais ele responde, expandindo essa rede de conexões.

      Por outro lado, experimentos no campo da física quântica vêm sendo feitos para comprovar que o pensamento é o gerador da realidade e assim, para que se altere e se obtenha sucesso e prosperidade, entre outras coisas, faz-se necessária uma mudança efetiva. Daí a possibilidade da chamada “reprogramação cerebral. A reestruturação quântica da mente é um processo que visa, pela influência direta da consciência, alterar padrões de pensamentos e crenças, que são carregados ao longo da vida sem que se perceba, e que interferem efetivamente na realidade de cada um.

      São dois assuntos bem interessante. Quem sabe vale um artigo só para falar sobre isso!? Abs,

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