À medida que as últimas páginas de 2023 se desenrolam, encontro-me em um momento de introspecção. Este ano foi uma jornada de altos e baixos, de aprendizados e descobertas. Cada dia trouxe consigo sua própria história, cada escolha, uma lição. Como um rio que flui, cada experiência desse ano esculpiu um pouco mais do meu ser, moldando a pessoa que sou hoje.
Refletindo sobre os meses que passaram, uma pergunta me vem à mente: “O que eu fiz esse ano que realmente significou algo para mim e para os outros?” Confesso que este ano a resposta não é bem a que eu esperava. Não sei se este também é o seu caso, mas, se for, aqui costuma morar um inimigo.
É fácil se perder nos arrependimentos, nos “e se…”, minha sorte é que já tenho em mim a consciência de que cada passo que dei me trouxe até aqui. O nível de maturidade que tenho hoje já me faz enxergar que as pedras no caminho, em vez de obstáculos, tornaram-se degraus que me elevaram, permitindo-me ver horizontes que antes estavam ocultos.
Os últimos dias de dezembro estão aí. Os últimos dias de mais um ano. Muitas coisas foram feitas, mas muitas também deixei de fazer e neste momento, o “e se…” bate de volta e, normalmente, acompanhado de arrependimentos.
Neste momento eu me pergunto: “Vale a pena se arrepender? O que eu ganho com isso?” E a resposta é: nada! Arrependimento não me faz mudar o tempo, não me leva ao progresso, não é um gerador de estímulos, não é benéfico para minha saúde e não me ajudará com o que realmente importa: analisar, aprender e comemorar por eu ter conseguido realizar aquilo que eu consegui realizar, diante das condições que eu tinha para realizar e procurar melhorar, nem que seja 1%.
Tem uma frase do livro “A Coragem de Ser Imperfeito” da Brené Brown, que diz assim:
“A caminhada de 20 minutos que eu faço é melhor do que a corrida de 4km que eu não faço. O livro imperfeito que é publicado é melhor do que o livro perfeito que não sai do computador. O jantarzinho com comida chinesa entregue em casa é melhor do que aquele jantar elegante que eu nunca consegui fazer”.
Portanto, dezembro é um chamado para despertar. Por isso, esse mês final não é apenas um encerramento, mas um convite para apreciar as vitórias, por menores que sejam, aprender com os desafios e começar a preparar a mudança para as transformações que almejamos em nossa jornada. Cada momento de sucesso, cada sorriso compartilhado, cada palavra de conforto que oferecemos, são pérolas de valor inestimável em nosso caminho. E os desafios, ah, esses são nossos maiores mestres, que no final das contas nos ensina resiliência, paciência e a verdadeira força do espírito humano.
É uma chance de perdoar, não só os outros, mas também a mim mesma, por não ser perfeita. Nessa jornada de autodescoberta, aprendi que a perfeição é um mito, uma miragem no deserto da vida. O que realmente importa é o progresso, o crescimento, a transformação que experimentamos dia após dia, deixando as lamentações de lado e abraçando os aprendizados.
À medida que os últimos dias de dezembro se desenrolam, eu escolho olhar para trás não com arrependimento, mas com gratidão pelas experiências vividas. Cada riso, cada lágrima, cada silêncio e cada palavra dita contribuíram para a tapeçaria colorida da minha vida. E, olhando para frente, vejo um horizonte de possibilidades. Que esses últimos dias que encerram o ano seja um reflexo do melhor de nós, um prelúdio de um novo ano cheio de esperança e novos começos.
E você, caro leitor, o que aprendeu este ano? Quais são suas reflexões e esperanças para o próximo ano? Convido-o a compartilhar nas minhas redes sociais suas experiências e pensamentos.
Vamos nos inspirar uns aos outros e encerrar este ano com uma onda de positividade e conexão. Porque, no final das contas, somos todos viajantes nesta jornada chamada vida, buscando, aprendendo e crescendo juntos.